sábado, 1 de setembro de 2018

Voto nulo como protesto classista


            O voto nulo para os analistas políticos significa insatisfação eleitoral. Tal questão difusa contrasta com protesto da classe operária e do conjunto dos trabalhadores da cidade e do campo. Além de que, nessas eleições, os explorados na luta por seus interesses, necessitam criar comitês pelo voto nulo, branco e abstenção.
            Votar significa apoiar ou não, candidatos que governarão o Estado burguês. Ao anular, com consciência de classe e luta nos movimentos sociais/sindicais, optamos não por fortalecer a sociedade civil, o povo ou a cidadania, mas sim pela luta do trabalho contra o capital. Do metalúrgico ao limpador do esgoto, este é um enfrentamento à patrões e governantes, assim como manifestação, assembleia, e principalmente greve, ocupação. Contudo, para negar as eleições democrático-burguesas é necessário fazer agitação e propaganda a partir do local de trabalho, estudo, moradia.
            Nessa conjuntura, marcada pela onda da direita reacionária, conciliação da esquerda frente-populista e situacionismo do centrão, é relevante a luta pelo aumento de salário, contra a reforma trabalhista, por oposição sindical, e inclusive, pela campanha contra o voto em deputados, senadores e presidente. Isto, pois, nenhuma candidatura é partidária da revolução socialista, nem utiliza-se do tempo para denunciar a economia política capitalista e sequer nega coligações com partidos pequenos-burgueses e burgueses.
            Portanto em 2018, é voto nulo como protesto classista!

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Augusto Colling. Operador de hidráulica. 
Contato: colling77@gmail.com

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