domingo, 23 de setembro de 2018

A nossa crise econômica e a deles

Em 2018, o governo burguês “democrático-popular” de São Leopoldo (RS) anunciou a crise municipal, onde culpa estado e união, cria medidas para arrecadar impostos e faz calendário de pagamento (atraso salarial no hospital e geral). Isso impacta sobretudo na saúde pública. Mas antes, na eleição de 2016, Vanazzi e Frison (ambos do PT) afirmavam que atrasos e problemas financeiros eram falta de competência “tucana” de Moacir e Mattos (ambos do PSDB).

Assim, até hoje há municipário que não recebeu 13º salário, e a maioria está sendo paga após o vencimento etc. No Portal Transparência consta que: operário da PMSL recebe R$ 2054,08 (ago.), agente operacional do SEMAE R$ 2.013,10 (jul.), e auxiliar de serviços gerais da FHCSL R$ 1.124,20 (jul.) Sendo que estes salários brutos não passam de R$ 1.150,00 líquidos, isto é, menos de 2 mínimos e abaixo do necessário, que atingiu R$ 3.636,04 em agosto para o DIEESE. Para comparação, o salário médio na Stihl, segundo LM, para operador de produção é R$ 2.134,00.

Logo, segundo Marx: “Na superfície da sociedade burguesa, o salário do operário aparece como preço do trabalho”. Agora porém, desde a crise capitalista de 2008 e com dívidas públicas, o salário não está sendo pago no mês para concursados. E para privados, Temer cortou R$ 10,00 no mínimo, liberou terceirização (com salário menor) e aumentou o desemprego. Portanto, nossa crise é receber depois do prazo, menos que o necessário e estar sem emprego. A deles é gerenciar a exploração do trabalho pelo capital.

Augusto Colling. Operador de hidráulica em São Leopoldo (RS). 
Contato: colling77@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário