O partido dele é o Rio Grande?

O partido do Sartori é o Banco Mundial e o FMI (aliás, para quem tivesse o mínimo de consciência e de honestidade saberia que o PMDB é sinônimo desses organismos financeiros internacionais - bem como o PT se tornou). Está fazendo um típico ajuste à la Troika, que, aliás, não é muito diferente do que está acontecendo na Europa. Querem passar os custos da crise capitalista para o ombro dos trabalhadores com o discurso de que "o combate à crise financeira necessita do envolvimento de toda a sociedade".

Ou seja: privatizam todos os lucros e socializam os prejuízos. A crise financeira é o reflexo dos anos de neoliberalismo, de privatizações, de especulação e agiotagem desenfreada. Os trabalhadores não tem que apertar os cintos! Que a burguesia pague pela sua própria crise! A começar pela RBS, que é quem dissemina com amplificador o discurso governista de "envolver toda a sociedade para cortar gastos".

A farsa do aumento das passagens em Porto Alegre

Na segunda feira a passagem de ônibus sobe para R$3,25!

- A reunião de ontem do Conselho Municipal de Transporte Urbano (COMTU) fez o que todo mundo já sabia: votou a favor do aumento! As entidades que participam deste conselho não representam bases organizadas e, portanto, não expressam a voz dos trabalhadores e dos estudantes. São elas: UMESPA, UAMPA, CUT, FETAPERGS, Smov, Smurb, OP, EPTC, Smam e PGM;

- A ATP (entidade dos patrões, donos das empresas de transporte "público") sempre joga o valor lá para cima (pediam R$3,49) e o conselho aprova um valor mais baixo. Tudo isso é um jogo de marketing político: o valor é artificialmente inflacionado para que o governo Fortunatti (PDT) - bem como os governos anteriores faziam - finja que é "bonzinho" e supostamente puxe o valor pra baixo. Aí ele "mostra" que as empresas que operam segundo suas próprias leis não decidem tudo sozinhas;

- A CUT corretamente votou contra a proposta do aumento e chamou aquele conselho de "circo armado". Porém, isso é também um jogo de cena para acumular capital político (já que esse conselho não serve para nada mesmo e ela já sabe que será voto vencido) para sustentar os outros ataques patronais; sobretudo os do governo Dilma;

- O Bloco de Lutas organizou dois atos contra o aumento das passagens que foram importantes para demarcar e alertar. Contudo, a sua atual direção (informal, que juram não existir) não é capaz de armar politicamente os trabalhadores e a juventude com um programa de luta coerente e com a organização necessária que acumule forças suficientes para conseguir barrar os aumentos e encaminhar lutas futuras. Ele é facilmente isolado do resto da população pela grande mídia e por sua própria política, além de ser refém dos debates estéreis.