terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Sobre a idoneidade das agências de classificação de risco financeiro e da grande mídia

A burguesia nacional e internacional tenciona e o governo Dilma sangra. Para evitar o impeachment vai intensificar o programa do PSDB/PMDB: flexibilizar mais direitos trabalhistas (leia-se: retirar os direitos que restam), fazer uma nova "reforma" da previdência, garantir o draconiano superávit primário para pagar os juros da dívida pública aos banqueiros (leia-se: saque neocolonial do país).

Alguns meses atrás as "agências de classificação de risco" rebaixaram a nota do Brasil. A mídia fez um alarde; um verdadeiro terrorismo psicológico! A classe média se apavorou e vociferou ainda mais contra o governo.

É preciso lembrar, contudo, que a Standard & Poor's classificou como "A" o banco norte-americano Lehmann Brothers exatamente no mês em que iria quebrar, dando origem à crise econômica mundial de 2008. Na mesma época cometeram um erro de 2 trilhões de dólares para menos no cálculo da dívida pública dos EUA.

Qual a idoneidade das agências de classificação de risco para rebaixarem a nota do Brasil? Que é, diga-se de passagem, o melhor pagador de juros da dívida pública do mundo.

O que falar, então, de uma mídia que anunciou como manchete de abertura dos seus telejornais (Jornal Hoje, JN e Jornal da Globo) o fraudulento rebaixamento da nota do Brasil por estas agências, omitindo este pequeno detalhe sobre a Standard & Poor's e o Lehmann Brothers?