domingo, 15 de maio de 2016

Não adianta exigir coerência da pequena burguesia

O discurso do novo governo Temer (PMDB, PSDB e aliados) de "preocupação" com os 10 milhões de desempregados é repugnante. Uma nova mentira institucionalizada. As medidas econômicas e políticas de "ajuste fiscal" que vão implementar irá triplicar esta cifra, sem falar no aumento do subemprego.

Toda esta "preocupação" de PMDB e PSDB "em defesa do Brasil" é uma fachada para justificar o impeachment e a brutal retirada de direitos que já estava em curso no país com Dilma (PT) e que agora será intensificada com o governo Temer. Estão em defesa dos compromissos com o capital internacional norte-americano.

O que dizer, então, de José Serra (PSDB) no Ministério das Relações Exteriores? O senador que fez a lei que entrega o pré-sal para as petroleiras do Big Oil (lei aprovada no Senado numa conjugação de esforços entre o PT e o PSDB de Serra). E a farsa da nomeação de José Sarney Filho para o Ministério do meio ambiente?

De uma só vez cai a máscara da luta pela "moralização da Petrobrás", que significa apenas a sua entrega plena ao Big Oil, e contra a corrupção, velho e batido pretexto.

Não adianta exigir coerência. A grande esmagadora maioria daqueles que protestaram contra o governo não voltarão às ruas e não exigirão a queda deste governo, nem a saída dos 7 ministros nomeados por Temer que "estão sendo investigados" pela operação Lava Jato.

As nossas esperanças se voltam para aqueles trabalhadores que perceberam a hipocrisia e a manipulação política, para que aprendam com a história e jamais voltem a cometer os mesmos erros...