quinta-feira, 9 de outubro de 2014

E quando o nosso "messias" é o "menos pior"?

Aécio Neves, do PSDB, teve a cara de pau de dizer no debate da Globo: "o PT quer a administração da pobreza, nós queremos a superação da pobreza". Nem o PSDB, nem o PT querem a superação da pobreza. Como gestores conscientes do capitalismo, todos os governos (FHC, Lula e Dilma) mantiveram e aprofundaram a pobreza do povo, dando lucro recorde aos bancos e às multinacionais, privatizando a riqueza nacional e gerenciando a escravidão dos trabalhadores. PT e PSDB estiveram envolvidos em vergonhosos escândalos de corrupção. Nenhum dos dois tem moral pra falar qualquer coisa a respeito deste tema. Estão simplesmente brigando pelo butim estatal para administrar nossa miséria às custas da entrega do patrimônio público nacional, fazendo uma demagogia barata, desprezível, de lobo em pele de cordeiro. São a simples continuação de séculos e séculos de espoliação, de vices-reis coloniais que simplesmente mandam e desmandam, controlando a pilhagem e a rapina do Brasil a serviço das metrópoles estrangeiras.

Todo o trabalhador consciente que ceder à pressão do voto de um lado ou do outro vai pagar muito caro por isso. Não apenas ele, mas toda a nossa classe. A crise capitalista se aprofunda e o "crescimento econômico" do governo petista vai se esgotar, mais cedo ou mais tarde. Seu crescimento econômico tem "pés de barro". O PSDB não fará absolutamente nada diferente do PT. Não representa nenhuma mudança. Os custos da especulação financeira serão descarregados sobre nossas costas impiedosamente, seja pelo PT ou pelo PSDB; pela privatização aberta ou disfarçada. Estamos entre a cruz e a espada. Não temos outro caminho senão a organização e a luta independente. Saiamos da zona de conforto: acordemos para a vida sindical, estudantil, política. A verdade é dura e dói muito. Mas as ilusões são piores: são fatais!
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Os trabalhadores não podem esperar por um "messias" eleito que vá "melhorar as suas vidas" ou "fazer por nós". A História do Brasil é marcada por inúmeras dessas ilusões e só ocasionou catástrofes. Joguemos para longe, de uma vez por todas, a passividade que apenas assiste os acontecimentos históricos sem se organizar para intervir neles, como se fossem “eventos divinos”.

"Para sair desse antro estreito
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito"

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