domingo, 16 de junho de 2019

Como iludir o povo com discursos sobre "vandalismo"?

Milhares de "vândalos" no ato público de Porto Alegre
Frente a suposta "greve geral" que levou centenas de milhares de pessoas às ruas de todo o Brasil ontem, os canalhas, facínoras e psicopatas do governo (Bolsonaro, Sérgio Moro, Eduardo Leite), da grande mídia (RBS, Globo, Record, Band, etc.) e da classe dominante do país, tentam, como sempre, desviar a atenção da grave situação política e econômica da maioria do povo para casos isolados de "vandalismo" ou "excessos" de manifestantes. Para isso, precisam naturalizar os "excessos" do sistema econômico, da polícia, dos empresários, da justiça deste país, cometidos diariamente contra o povo, que se convertem na mais impiedosa e cruel forma de vandalismo contra milhões de pessoas.
Igualam os "excessos" desesperados de manifestantes (que muitas vezes é de policial infiltrado) aos excessos do sistema financeiro, dos grandes bancos, do agronegócio, dos políticos e da justiça (vide os escândalos envolvendo Sérgio Moro), tentando desviar a atenção para supostas quebradeiras, pichações e outros atos, que na compreensão deles, são iguais ou piores do que a roubalheira escancarada, legalizada e protegida pelo Estado, pelos governos, pela classe dominante nacional e internacional, que, sabidamente, cometem indescritíveis crimes infinitamente piores contra um povo espoliado, sofrido e alienado.
Não são poucos os bolsonaristas entre as classes populares que gritam em defesa das "pequenas propriedades" destruídas pelos "vândalos" que lutam pela sobrevivência e pelo resquício de qualquer direito, impiedosamente destruído pelo governo Bolsonaro em nome da grande propriedade monopolista. Querem igualar fatos inigualáveis; causas e consequências. Tentam, com isso, se agarrar a qualquer resquício de ligação com a realidade para tentar manter o apoio a um governo degenerado, corrupto, impiedoso e empenhado em sustentar o capitalismo periférico do Brasil em estado de decomposição.
São tristes figuras, escravos mentais do sistema e do neofascismo bolsonariano, programados para justificar as grandes injustiças criminosas dos de cima e condenar a justa contestação de quem está embaixo. Mais triste do que isso é que apenas militantes isolados nas redes sociais respondem a este tipo de manipulação grosseira da realidade, quando isso deveria ser tarefa de todas as centrais sindicais, dos grandes sindicatos e movimentos sociais deste país, que tinham a obrigação de gritar isso aos quatro cantos do mundo.

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