terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Trilhões e trilhões


Os gastos militares dos EUA ultrapassaram o montante de 1 trilhão e 340 bilhões de dólares, tendo crescido 45% nos últimos dez anos, o que corresponde a cerca de 202 dólares/ano por habitante no Planeta. É o maior gasto militar do mundo. Nem somando todos os orçamentos militares dos demais países é possível chegar a esta marca. Enquanto uma grande parcela do povo norte-americano vegeta no desemprego e na miséria, fruto da atual crise do capitalismo que leva ao aumento dos cortes nos gastos sociais, o orçamento militar não sofreu uma única baixa. O endividamento dos Estados Unidos já ultrapassa a cifra de 15 trilhões de dólares e é uma ameaça permanente à sua supremacia mundial.

Podem ser contados em trilhões de dólares as catástrofes ambientais, resultado de erros de perfuração do subsolo aquático pelas multinacionais petroleiras, o que ocasiona vazamento ininterrupto no mar, fazendo o preço dos barris de petróleos dispararem, além da morte de inúmeras espécies marítimas vegetais e animais. Lembremos do golfo do México e do litoral norte do Rio de Janeiro, só para citarmos alguns exemplos.

Somam mais de 1 trilhão as partículas de dióxido de carbono lançadas na atmosfera pelas indústrias e pelos materiais químicos, o que ocasiona o aquecimento global e uma reação em cadeia de efeitos climáticos devastadores. Somam mais de 100 trilhões as folhas de árvores derrubadas pelos grileiros em todas as florestas do mundo, com especial destaque para Amazônia brasileira, que deixam de realizar fotossíntese, contribuindo com o aquecimento global.

Ao contrário do que afirmam os governos Lula e Dilma, a dívida externa não foi paga. Parte dela foi substituída pela dívida interna, que disparou, atingindo R$ 2 trilhões. Hoje ela está em exatos 2 trilhões, 823 bilhões, 336 milhões, 278 mil, 341 Reais e 86 Centavos, porque quanto mais ela é paga, mais ela aumenta. O orçamento Geral do governo Federal brasileiro em 2012 atingiu o total de R$ 1,712 trilhão, mas cerca de 45% desse montante (aproximadamente R$753 bilhões) vai para os banqueiros e especuladores nacionais e internacionais, em detrimento da educação (2%), saúde (4%), e das demais áreas sociais.

Em 2013, até 1º de abril, as dívidas consumiram R$ 325 bilhões dos cofres públicos, o que equivale à 59% do gasto federal até o momento. Para o curso de 2013 estão previstos R$ 900 bilhões para esta mesma finalidade, ou seja, 20% a mais do que os R$ 753 bilhões gastos com a dívida no ano passado. Somando o que foi pago aos parasitas internacionais e nacionais no ano passado e neste, nós chegamos à assombrosa marca de 1,653 trilhão de reais. Ou seja, trabalhamos o ano inteiro para pagar uma dívida que não é nossa. Sem falar nas cifras estratosféricas que já foram pagas anualmente desde o início do Século 20 e 21. Aí, provavelmente, superaremos os "bilhões e bilhões", os "trilhões e trilhões" e chegaremos aos "quintilhões e quintilhões".

Com a crise capitalista mundial atingindo os países imperialistas, os seus respectivos governos já injetaram mais de US$ 13 trilhões de dinheiro público para salvar os bancos da falência. Como os países periféricos pagam os juros das dívidas aos bancos e países imperialistas, toda a população mundial está pagando os custos da crise capitalista através dos planos de austeridade, do desemprego, da fome, da miséria, da destruição do meio ambiente...

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