i) Manifestações que, como em junho de 2013 no Brasil, misturam reivindicações progressivas e reacionárias (nenhuma de cunho socialista; e algumas abertamente fascistas de exaltação ao nacionalismo e de ódio aos imigrantes).
ii) Crise de direção, que impede que os trabalhadores e estudantes possam formular suas reivindicações de forma justa e clara, solapando esta "revolta" da influência da direita fascista (Le Pen e companhia) e, consequentemente, da burguesia.
iii) O rechaço aos partidos tradicionais e as instituições oficiais é progressivo, embora sem uma direção revolucionária com grande influência, ele se voltará contra os próprios trabalhadores e estudantes mobilizados, preparando o caminho para a direita neo-fascista (tipo Trump, Bolsonaro, etc.).
iv) Tal como na "greve dos caminhoneiros" do Brasil, os Coletes Amarelos podem ser facilmente manipulados pelos setores organizados da classe média (interessada em aumentar seus rendimentos às custas de reivindicações gerais de classe, de cunho socialista).
v) O espontaneísmo do movimento é seu grande calcanhar de Aquiles. Por isso deve terminar dispendendo energia para os interesses de uma ou outra ala da capciosa burguesia francesa.
vi) Importante destacar que propor "greve geral" existindo crise de direção é um contrassenso, porque é exigir que a burocracia sindical a decrete e que o espontaneísmo a construa de forma consequente.
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