É preciso dizer em alto e bom som: quem está queimando a Amazônia e o Pantanal?
O AGRONEGÓCIO! Subsidiado pelo Estado brasileiro.
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"Do papa de Roma ao mais humilde padre de paróquia, não há sacerdote que não profira palestras sobre a vida sexual. Como podem saber tanto de uma atividade que estão proibidos de praticar?" (Do livro "Espelhos", de Eduardo Galeano).
O mesmo não poderia ser dito sobre a ministra Damares e os evangélicos sem perder nenhum pouco do seu sentido?
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A "democracia" estadunidense tem milícias neofascistas para acuar movimentos de rua e eleições ameaçadas por ações "extraconstitucionais" liderado pelo chefe do neofascismo internacional, Donald Trump e o seu Partido Republicano.
Justamente aquele país que é exaltado pelos nossos vira-latas da pequena-burguesia nacional como um exemplo de respeito às instituições e à lei, acompanha Trump afirmar que "se alguém está infringindo a lei tem que ser punido" (tanto pela polícia que mata negros aos borbotões nas periferias, quanto pelas suas milícias "cidadãs" que ameaçam os movimentos de repúdio a tais assassinatos), ao mesmo tempo em que "perdoa" as represálias extrajudiciais dos seus partidários e financia com bilhões de dinheiro público os magnatas de Wall Street.
Assim avança o neofascismo nos EUA, no Brasil e no mundo.
Enquanto isso, o movimento negro norte-americano sofre uma brutal repressão e se encontra sem maiores perspectivas de saída porque não se propõe a avançar para uma organização social que transponha os limites do capitalismo, já que é combatido pelo Partido Republicano de armas nas mãos, e pelo Partido Democrata com discursos contra o "socialismo". Entre os setores mais conscientes do movimento dos trabalhadores se afirma que "se os democratas perderem em 3 de novembro, ou mesmo se eles ganharem, a resposta não seria diferente. Eles oferecerão imediatamente uma trégua a Trump e ao Partido Republicano"*. Esta conjunção capciosa de fatores faz o movimento bater cabeças e não apontar para nenhuma perspectiva política e programática além do capital, mesmo que parte do movimento negro retome a importante ação dos Panteras Negras de se auto armar.
Porém, ainda que hajam armas, falta a estratégia e a organização. A ausência destes elementos leva ao simples "vandalismo", que é usado por Trump como forma de justificar a repressão neofascista. Assim, com assassinatos, crimes e manipulações maquiavélicas, o sistema se recicla e vai atingindo uma nova etapa de acumulação e exploração (isto é, uma "nova economia"), desumanizando e implodindo o que resta de direitos e "liberdades democráticas" para os explorados, enquanto que os exploradores acumulam fortunas ainda maiores e gozam de todos os tipos de liberdade; incluso a de mentir impunemente. Até que desapareça a propriedade e o capital, não haverá uma justa nem igualitária distribuição das coisas, nem o mundo poderá ser felizmente governado. É justamente contra isso que a burguesia estadunidense luta desesperadamente, seja através do neofascismo republicano ou das declarações "contra o socialismo" dos democratas.
Os países "desenvolvidos" mostram o futuro aos países "subdesenvolvidos" que os tem como modelo. Eis aí o que nos aguarda se não superarmos a forma de atuação da "velha esquerda", seja na sua versão oportunista, que se institucionalizou, se corrompeu e não escuta mais ninguém além de si mesma ou da institucionalidade burguesa; seja na sua versão sectária e fragmentária de pequenos grupos, que tratam posições como uma nova forma de religião...
Sobretudo é necessário levar em consideração as lições sobre a psicologia de massas e desenvolver, a partir disso, uma nova prática!
REFERÊNCIA:
*https://www.wsws.org/pt/articles/2020/09/16/pers-s16.html?fbclid=IwAR1J6-qBWJvAK_kNl8G6xa9azzzfoWSwzdJhhSa5TUa5cq7KveQG2hvwXpQ
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