domingo, 10 de junho de 2018

Como não mudar o mundo

Hobsbawm e os “atualizadores” do marxismo

        O historiador britânico Eric Hobsbawm (1917-2012), consagrado pela mídia, pelas universidades e, até mesmo, por setores da “esquerda” com o título de “marxista”, escreveu um livro de sugestivo nome, chamado Como mudar o mundo, onde tenta traçar uma evolução da teoria marxista desde o século 19 até o 21. Hobsbawm foi membro do Partido Comunista Britânico até a restauração do capitalismo na ex-URSS, por volta de 1991. Já antes deste período, apresentava algumas críticas ao movimento “comunista”, o que não o fez romper com o PC. Apesar de ser crítico dos desvios stalinistas e do marxismo dogmático, levou consigo as marcas do programa stalinista. Isso se observa, sobretudo, em sua crítica incontida e injusta ao trotskismo, feita sutilmente em quase todas as suas obras. Assim como alguns autores, procura não bater de frente com o pensamento de Trotsky, embora o desmoralize sutil ou abertamente sempre que possível.       
       Talvez este seja um dos principais motivos de ser um historiador comemorado pela grande mídia, pelas universidades e, simultaneamente, por parte de setores da “esquerda” e, até mesmo, por empresários. Periódicos como a Revista Veja e jornalistas como Willian Waack recomendarem a leitura de Hobsbawm deveria servir, no mínimo, como alerta para qualquer trabalhador consciente.
         Também parece incorreto considerar que o seu método de análise da história seja o mesmo do marxismo; isto é, o método que parte da luta de classes. Hobsbawm é um crítico do que ele chama de “marxismo dogmático” e, nesta luta por supostamente renová-lo, joga a criança fora junto com a água suja da bacia. É um “comentarista” da história, na qual sempre acaba por apoiar capciosamente todo o tipo de social-democracia (inclusive o PT).
Em relação à tentativa de “atualizar” o marxismo para o século 21 não há nada o que se objetar. Uma revisão teórica é sempre necessária e salutar, desde que observados certos critérios. Parece, contudo, que Hobsbawm carrega uma série de preconceitos empresariais. Ao invés de trabalhar para criticar o “marxismo dogmático” e as experiências “socialistas” pela ótica dos trabalhadores, Hobsbawm inverteu a lógica, colocando óculos empresariais. Um breve olhar crítico sobre as principais teses do referido livro, elucidam posições que pretendem esvaziar o marxismo do seu sentido revolucionário, retirando-lhe princípios elementares e dando interpretações reacionárias para certas contradições do pensamento marxista.
***
         É bem provável que Hobsbawm reflita as condições materiais da Inglaterra, que desde o século 19 apresenta um “operariado-burguês”. Esta conclusão é de Marx e Engels, que por décadas estudaram a relação entre o movimento operário inglês e as particularidades imperialistas do capitalismo inglês.  
Em 7 de outubro de 1858, Marx escreveu a Engels o seguinte: “O proletariado inglês se aburguesa de fato cada vez mais; pelo que se vê, esta nação, a mais burguesa de todas, aspira ter, no fim de contas, ao lado da burguesia, uma aristocracia burguesa e um proletariado burguês. Naturalmente, por parte de uma nação que explora o mundo inteiro, isto é, até certo ponto, lógico”.
Para além de “operários-burgueses”, a Inglaterra parece ter formado também historiadores “marxistas-burgueses”.

1.
         O marxismo foi fundado e mantido vivo por revolucionários; isto é, por aqueles que estavam na linha de frente da luta de classes. Hobsbawm é um historiador acadêmico. Ainda que tenha sido militante do PC, sua visão do marxismo – e, principalmente, sua crítica a ele – reflete esta condição. Para todos aqueles que fazem do marxismo um “guia para ação”, na luta de classes não pode haver dogmatismo, nem menosprezo aos alertas sobre as suas infiltrações burguesas, que pretendem lhe tirar a essência revolucionária e transformá-lo numa espoleta sem pólvora.
Eric Hobsbawm (1917-2012)
         Uma dessas principais infiltrações burguesas no marxismo foi o que Rosa Luxemburgo e Lenin definiram como “reformismo”, cujo principal expoente, reconhecido até mesmo por Hobsbawm, foi Edward Berstein, líder do Partido Social-Democrata alemão. O reformismo retira a essência do marxismo: substitui a revolução proletária, a tomada do poder e a ditadura do proletariado por uma estratégia meramente eleitoral, gradualista, evolucionista vulgar; como se os trabalhadores pudessem ir elegendo representantes que fariam modificações estruturais por dentro do Estado burguês, até chegar o momento de uma mudança em benefício dos trabalhadores, supostamente em direção ao socialismo. Todas as experiências reformistas na história (em especial as Frentes Populares) não apenas falharam, como abriram precedentes para uma reação sem tréguas por parte da burguesia. O atual golpe do impeachment contra o PT no Brasil (2016) é apenas mais uma triste confirmação.
         Esta questão, portanto, não é menor para o marxismo. A “atualização” pretendida por Hobsbawm, com a desculpa de fugir do dogmatismo, modifica sua essência, muda a qualidade do objeto. De revolucionário, o “marxismo” passa a tolerar a conciliação de classe, o abandono da estratégia revolucionária, a aceitação da estrutura social burguesa. Para uma vanguarda de trabalhadores conscientes, esta diferenciação do marxismo tem implicações profundas nas táticas a serem adotados e, certamente, um fim diferente para cada uma delas.
         Hobsbawm afirma que “para Marx, o importante não era saber se os partidos da classe operária eram reformistas ou revolucionários, ou mesmo o que esses termos implicavam. Ele não via nenhum conflito, em princípio, entre a luta cotidiana dos trabalhadores pela melhoria de suas condições sob o capitalismo e a formação de uma consciência política que previsse a substituição do capitalista pela sociedade socialista, ou as ações políticas que levavam a este fim” (página 65). Aqui há uma imprecisão perigosa. É certo que Marx nunca usou o termo “reformista”, pois este só foi introduzido posteriormente no movimento operário por Rosa Luxemburgo, em sua luta teórica contra a social-democracia alemã, sobretudo após 1900. Porém, toda a obra de Marx atesta a sua luta por uma linha política revolucionária justa, fazendo a junção entre as lutas cotidianas por melhorias e a consciência política que levavam ao fim do capitalismo. Aliás, se o marxismo tornou-se uma referência para os trabalhadores do mundo não foi por uma casualidade mística, mas sim por toda a coerência teórica e política mantida por Marx e Engels, apesar de todas as suas adversidades, contradições e erros.
         Trotsky escreveu um livro específico sobre o tema (que provavelmente deve ser conhecido por Hobsbawm), chamado Programa de Transição, que visa preparar a vanguarda dos trabalhadores para fazer a junção entre o programa mínimo (a luta cotidiana por melhorias) e o programa máximo (o socialismo; isto é, o fim do capitalismo). Trotsky argumentou que os reformistas desejavam manter a luta restrita a este programa mínimo, baseado no imediatismo e no espontaneísmo; os sectários, por sua vez, levantavam apenas o programa máximo, sem se atentar às questões diárias e imediatas. Os marxistas, segundo a análise de Trotsky, precisavam fazer a junção dialética dos dois. Seria impensável um marxismo dissociado da luta contra o imediatismo e o oportunismo.
Na passagem citada, Hobsbawm não crítica os erros da teoria de Marx, mas os seus méritos. As polêmicas de Marx com Proudhon, Louis Blanc, os diversos tipos de “socialismo” (expresso, sobretudo, no Manifesto Comunista), a célebre polêmica com o professor Duhring, Lassale, os chamados socialistas “verdadeiros” e os “utópicos”, bem como a sucinta, mas profunda, crítica ao programa de Gotha do Partido social-democrata alemão, seriam mero acaso em toda a literatura marxista?
A própria luta contra o “reformismo” – visto como uma desvirtuação do marxismo – é uma correta tentativa de “atualização” do marxismo para o início do século 20. Contudo, esta atualização está no mesmo espírito com o qual o marxismo foi fundado e mantido durante o século 19. Hobsbawm desconhecer ou minimizar esta diferença, a pretexto de evitar dogmatismos, é bastante arriscado. É certo que existem profundas tendências ao sectarismo e a uma visão mecanicista do pensamento marxista no movimento socialista atual, embora estes problemas não estejam apenas no campo dos “esquerdistas”, mas a quem pode beneficiar este relativização entre a visão reformista e revolucionária do socialismo, como se pudessem ser a mesma coisa para Marx?

2.
         Outro grande defeito do pensamento de Hobsbawm é a ausência (ou seu silêncio) a uma crítica séria ao stalinismo. Faz o oposto da sua crítica em relação à obra de Marx: critica apenas os aspectos secundários do stalinismo e silencia sobre os mais graves. Por décadas o stalinismo se vendeu como o “verdadeiro marxismo”. Muitos intelectuais burgueses e a sua mídia sabem bem que isso não é verdade, mas preferem propagar e reafirmar esta falsa consciência. Hobsbawm tem perfeita clareza sobre isso, mas não esmiúça estas falsificações, chegando em determinados momentos a silenciar completamente. Em algumas passagens é bastante obscuro, hermético, dúbio, endossando sutilmente esta compreensão. Seria isso uma forma de apoiar o stalinismo subjacentemente?
         Sempre que pode, Hobsbawm relembra o número pequeno de adeptos do trotskismo. Afirma que “grupos marxistas dissidentes” se sentiam atraídos pelo trotskismo, “mas esses grupos eram numericamente tão pequenos em comparação com os principais partidos comunistas que essa atração era desprezível do ponto de vista quantitativo” (página 239). Este trecho se repete em muitas outras passagens do referido livro e de outros. Desmerecer um pensamento, um programa político ou uma teoria pelo seu número de adeptos é um tanto contrário à lógica da filosofia marxista. O próprio Marx morreu em uma época em que tinha poucos adeptos, logo depois da dissolução da 1ª Internacional. Por mais importante que seja o número de adeptos, o trotskismo deve ser medido pelo valor, profundidade e coerência de sua crítica. Hobsbawm ignora todas as premissas da crítica trotskista e parece ter preocupação apenas pelo aspecto quantitativo, tal como os economistas burgueses que se preocupam somente com o crescimento do PIB e não com a condição real de vida das pessoas – sobretudo das classes mais pobres. Pior do que isso: Hobsbawm trata a teoria da Revolução Permanente (que foi a principal síntese teórica da experiência revolucionária russa) como ultraesquerdismo. E faz tudo isso para quê? Para apresentar a social-democracia - isto é, o reformismo - como alternativa.
O marxismo do nosso século é o trotskismo; e Hobsbawm ignora isso solenemente. Quer “atualizar” o marxismo renegando sua principal contribuição independente ao longo do conturbado século 20. É como querer falar da física moderna e excluir as polêmicas envolvendo Einstein. Do ponto de vista político, é inegável que Trotsky foi um fiel seguidor do método de elaboração de Marx e Lenin, enquanto Stalin, se utilizando de um rótulo “marxista”, deturpou grosseiramente inúmeros princípios dialéticos e políticos de ambos. Basta citar a questão do internacionalismo. Deste verdadeiro escândalo, Hobsbawm estranhamente não tira nenhuma conclusão. Este silêncio suspeito seria uma forma de apoio a Stálin?

3.
         Ao contrário do que faz com Trotsky, Hobsbawm, tal como a maior parte da esquerda institucionalizada na Europa e no Brasil, derrete-se em elogios a Antonio Gramsci e à sua obra, dedicando a ele dois capítulos inteiros do referido livro, enquanto não dedicou uma única análise séria e refletida à obra de Lenin e Trotsky. Antonio Gramsci foi um grande intelectual italiano, representante do Partido Comunista daquele país que lutou contra a ascensão do fascismo. Ele seguiu combatendo mesmo nas piores condições carcerárias, escrevendo e deixando um legado importantíssimo para o pensamento socialista. Suas contribuições são notáveis, fazendo sínteses importantes no campo da cultura, tendo um valor especial para os países do continente europeu.
Apesar da sua grande contribuição na questão cultural, sua estratégia política (as frentes populares) para o “ocidente” se demonstrou uma grande forma de conciliação, que se traduziu em novas traições políticas (republicanos na guerra civil espanhola, Mitterand na França, PT no Brasil, e tantos outros). As frentes populares foram, na verdade, propostas originalmente surgidas do próprio stalinismo, que Gramsci tomou como uma original estratégia socialista para os países do ocidente. Por mais que se procure em suas obras alguma proposta estratégica diferente, sempre acaba-se encontrando a mesma “saída”: a constituição de frentes populares (ou seja, a aliança entre a burguesia e o proletariado).
         O problema da obra gramsciana é que há profundas lacunas que abrem perigosos precedentes ao oportunismo. Por exemplo, analisemos a questão da “hegemonia” (termo caro ao pensamento gramsciano). É óbvio que hegemonia do proletariado precisa crescer sobre a sociedade civil para se quebrar a hegemonia burguesa. E isto precisa se dar antes, durante e depois da revolução (isto é, da tomada do poder). A tomada do poder é apenas um episódio que indica uma mudança de qualidade na luta de classes em prol do proletariado. Após a tomada do poder um novo ciclo de construção da hegemonia proletária sobre a sociedade se desenvolve em condições mais favoráveis. A questão é: devemos abrir mão da tomada do poder se não tivermos a hegemonia proletária totalmente construída na sociedade civil? Gramsci – apoiado por Hobsbawm e por todo o pensamento reformista – parece indicar que não!
         A sua conciliação no campo estratégico, não anula a sua contribuição teórica no campo cultural, literário e mesmo no campo político. Hobsbawm não diferencia estes campos, nem procura tirar maiores conclusões. Gramsci é exaltado como o maior continuador do pensamento marxista; ao mesmo tempo em que abafa e ignora as principais contribuições do pensamento de Trotsky “pelo seu peso numérico”.

4.
É bastante corriqueiro na obra de Hobsbawm o termo “colapso do comunismo” quando se refere ao fim da URSS. Não casualmente, repete o termo utilizado incessantemente pela mídia e pelas universidades burguesas. O termo “colapso” significa a redução brusca de eficiência, de capacidade (no caso de um colapso econômico); e a ruína, o estado daquilo que está desmoronando, do que está em crise ou prestes a acabar (no seu sentido mais figurado). Em todos os casos transparece a intenção de dizer que o sistema colapsou em si mesmo, é ineficiente por natureza e não dá certo. Ora, um historiador tão bem informado como Hobsbawm deveria buscar uma reflexão mais profunda dentro do campo do próprio proletariado. Mas ele faz exatamente o oposto, como já foi dito.
Ambos os termos amplamente utilizados por Hobsbawm – socialismo real e colapso – foram criados e são utilizados amplamente pela burguesia. Este “colapso”, na verdade, é uma isca para a intelectualidade, pois tem duas raízes mais profundas que nunca são abordadas: I - a burocracia stalinista, que se formou, cresceu e, por fim, dominou todo o aparato do estado soviético de 1930 até 1991, desenvolvendo uma orientação econômica catastrófica; e II - uma política aplicada por esta mesma burocracia entre 1989 e 1991, chamada de Perestroika, que teve a finalidade consciente de restauração do capitalismo, utilizando-se, para isso, de um discurso de “aprofundamento do socialismo”.
Após a restauração do capitalismo na URSS, leste europeu, China e Cuba, se abriu uma ofensiva ideológica que colocou o “socialismo” como algo irrealizável e indesejável, tal como se fosse um projeto de lunáticos. Por um lado, esta ofensiva se utilizava dos crimes stalinistas e das demais burocracias políticas de outros países “socialistas” como forma de assustar os trabalhadores (tal como fazem até hoje); por outro lado, procuravam manipular sentimentos, informações e, se utilizando do irracionalismo de amplos setores das massas, afirmava que o socialismo só pode “ser isso”.
O “marxista” Hobsbawm, ao invés de combater e desmistificar todas estas distorções, faz coro com elas, demonstrando-se um historiador e um economista muito respeitável... para a burguesia!

5.
         Não restam dúvidas que Hobsbawm é um grande conhecedor da teoria marxista. Domina os principais nomes do movimento operário de cada país europeu (e até mesmo mundial) que reivindicam o legado de Marx. Suas construções históricas não seriam possíveis se ele não fosse um real conhecedor da obra marxista. A despeito de toda a crítica que foi feita a ele até aqui, a sua produção historiográfica (“A era das revoluções”, “A era do capital” e “A era dos impérios”) possui valor e precisa ser conhecida por todos os militantes e trabalhadores conscientes, ainda que com criticidade, ressalvas e desconfiança.
         Embora o livro seja uma grande construção historiográfica, muito pouco contribui para se entender “como mudar o mundo”. No geral, o capítulo intitulado “A influência marxista (1890-1914)” é muito aborrecedor (literariamente falando) e desconectado. Este capítulo e o restante do livro servem mais para entendermos como adaptar uma teoria revolucionária à institucionalidade acadêmica do que utilizar o marxismo como um guia para ação no sentido de mudar o mundo realmente.
         O fato de Marx e Engels terem falado no Manifesto Comunista (1848) que o proletariado está predestinado a ser o coveiro da burguesia e do capitalismo – e isto não ter se concretizado até o presente momento – não invalida a análise e, muito menos, a dialética. Superar uma classe na história não é um passeio no parque ou um pulo de gato, mas um longo processo repleto de avanços e retrocessos. O marxismo é uma teoria viva. Apenas os “dogmáticos” ou aqueles que têm interesse em desmoralizar o pensamento socialista podem tratar esta afirmação como uma profecia religiosa e imutável.
         Num ponto há que se ter acordo com Hobsbawm: devemos combater o dogmatismo no marxismo! Mas como?
         Todo e qualquer tipo de autoritarismo ou dogmatismo devem ser estudados, dissecados; para logo a seguir serem denunciados, rebatidos e superados. O stalinismo foi o campeão do dogmatismo. Enlameou o nome do socialismo para os trabalhadores do mundo e vulgarizou no mais alto grau o pensamento marxista. O trotskismo (e outras vertentes do pensamento marxista) também apresentaram algum grau de dogmatismo, embora de uma forma bem distinta do que foi o stalinismo. Hobsbawm teve todos os elementos e possibilidades de reconhecer esta profunda diferença, mas em todo o livro tende a tratar tudo como uma coisa só, e o pensamento gramsciano como o “renovador oficial” do marxismo.
         Combater o dogmatismo no pensamento marxista deve levar em conta dois critérios fundamentais já levantados por Marx e Engels:
         I – Respeitar dialeticamente os princípios (sobretudo aqueles confirmados pela experiência mais dolorosa da luta de classes) e renovar as táticas;
         II – Procurar ligar o marxismo a todo o tipo de avanço científico que a humanidade conquistar (com especial destaque para as descobertas no campo psicanalítico).
         Em ambos os casos Hobsbawm deixa a desejar. Os princípios escorrem pela latrina junto com sua severa crítica ao “dogmatismo”. O seu livro, portanto, é um negativo; serve para demonstrar como não mudar o mundo!

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