Lula em viagem à China, de onde pronunciou declarações que desagradaram o imperialismo estadunidense e sua mídia. |
O império estudanidense continua em crise e se decompondo. Agora vemos os países do bloco dos BRICs avançarem para o questionamento do dólar como moeda oficial do mercado mundial.
A cada passo um novo desafio é superado por China e Rússia – os países que se colocam como principais lideranças deste suposto "mundo multipolar". Visivelmente o império desintegra-se um pouco ano a ano. Em cada um dos 5 continentes mais países são sugados pelo "buraco negro" do mercado chinês e se colocam como candidatos a participantes da "nova rota da seda".
Contudo, a mentalidade social não segue com a mesma velocidade as mudanças da economia – e é justamente nisso que a grande mídia e o complexo industrial-militar dos EUA apostam! Esta mentalidade ainda não abandonou a época de dominação dos EUA.
A sua última trincheira é a consciência reacionária da classe média brasileira e latino-americana, que pode ser incitada via a sua campanha midiática de 24h. Por isso a grande mídia – e, em especial, a Rede Globo, uma das principais sucursais do imperialismo ianque no Brasil, embora não a única – já começou o serviço de desestabilização, tentando jogar a consciência reacionária da classe média contra as declarações de Lula acerca da Guerra da Ucrânia e sobre o abandono do dólar como moeda intermediária e preferencial do comércio internacional.
A tendência é vermos uma campanha permanente contra o governo para realinhá-lo à "neutralidade" nas questões internacionais via pressão da opinião pública reacionária. A estratégia política e sindical petista não prevê uma forma de resistência e de combate em relação a essas pressões – pelo contrário, sequer pensa nessas questões.
O Deep State estadunidense (isto é, o seu trilionário complexo militar-industrial) não aceitará uma semicolônia histórica como o Brasil fazer declarações impunemente sobre o dólar e as suas agressões militares pelo mundo. Por muito menos governos já foram derrubados pela CIA e pelo departamento de Estado. Mesmo que não haja força política e econômica para apostar nesta estratégia agora, sempre há a opção pela imposição do caos e da confusão, que é a opção presente para um imperialismo em decadência histórica.
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