Os meios de comunicação anunciam com tristeza sua morte.
As pessoas passivas aguardam a notícia de onde serão realizadas as exéquias solenes para acompanhar, minuto por minuto, até a sua morada eterna.
Por alguns dias, será o comentário central nos quatro cantos do planeta. Já a rainha-mãe, depois de 70 anos de reinado, será também motivo de tristeza e lágrimas mesmo daqueles que não são seus súditos.
Está morta a Rainha Elizabeth II, esta senhora que todos os políticos, artistas e desportistas de renome internacional queriam visitar e tirar fotos ao seu lado no Palácio de Buckingham.
Não só os súditos britânicos a veneram e a choram. É possível também que se lamente e se chore por ela em outros continentes. Cartas de condolência de reis, príncipes, governos e enormes coroas de flores chegarão ao Palácio. Em carros luxuosos, com seus guarda-costas particulares, diplomatas, chanceleres, ministros e presidentes acercam-se do velório para se despedir do seu corpo. O Papa Francisco também rezará por sua alma.
Enquanto que na África, Ásia e América Latina aumenta a cada dia o número de crianças que morrem de fome. Ninguém as nomeia.
Todo o poder de um sistema político e econômico parece ignorar que todos os dias morrem de fome no mundo um número superior a oito mil crianças. E que outras 50 milhões de crianças vivem em desnutrição aguda. Seu destino também será morrer antes de completar 5 anos de idade. Mas o que comove é a morte de Elizabeth II, a rainha da Inglaterra.
Segundo uma notícia divulgada no dia 6 de julho deste ano, contando com toda a população adulta, os números disparam. Segundo um informe da ONU, cerca de 924 milhões de pessoas (11,7% da população mundial) apresentam níveis graves de insegurança alimentar, o que aponta um aumento de 207 milhões em um intervalo de 2 anos.
Está morta a rainha! Perdoem a minha franqueza, mas não me importo...
Artigas Osores.
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