O eixo central dos atos de 7 de setembro deveria ser contra o PL490 do marco temporal do agronegócio contra as terras indígenas. Não como uma pauta diluída e secundária (até mesmo terciária ou quaternária) dentro de um "fora Bolsonaro" pelas vias das instituições burguesas, mas como o centro das mobilizações de rua. A luta indígena hoje é a única luta de caráter nacional em curso no país, todas as outras são pontuais e regionais (nem por isso, menos importantes, mas de caráter secundário, que podem entrar nessa condição nos atos de 7 de setembro).
Impulsionar um grande apoio popular à luta indígena como o centro seria o eixo mais correto e realista para o momento. Derrotar o marco temporal presentaria uma derrota para o agronegócio, um dos principais sustentáculos nacionais do governo Bolsonaro. Uma derrota deste projeto seria muito mais importante do que um impeachment via parlamento burguês, que levaria Mourão ao poder (e isso se ocorrer...!).
Evidentemente que esperar da CUT, CTB, PT, Psol e cia ltda. uma mudança de suas linhas políticas espontaneístas nesta altura do campeonato é quase que "esperar um milagre", mas de qualquer forma fica a reflexão...
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