Preconceito
1. qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico.
2. sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada
de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.
Intolerância
1. qualidade de intolerante.
2.falta de tolerância, de condescendência.
Ignorância
1. estado de quem não está a par da existência ou ocorrência de algo.
2.estado de quem não tem conhecimento,
cultura, por falta de estudo, experiência ou prática.
A palavra mais incompreendida e satanizada dos séculos XIX, XX e XXI é, certamente, "comunismo". Contra ela se levantou e elite burguesa mundial e o seu exército de jornalistas, intelectuais, "professores" e padres. Segundo eles, tudo o que existe de ruim na sociedade (e porque não, no mundo?) é culpa do "comunismo".
Envenenam a mente de milhões de indivíduos, que refletindo séculos de sociedade de classe, reproduzem o que vem de cima. Se torna parte do imaginário social, tal como a mentirinha e a picuinha que infectam as relações humanas desde tempos imemoráveis.
É nisso que pessoas que não podem dizer a verdade precisam apostar: intriga, calúnia, difamação! Neste trabalho sujo, contam com o indispensável apoio da ignorância, do preconceito e da intolerância. Elementos que compõem o senso comum, apimentados com pitadas de ódio e sadismo. Desde a antiguidade se necessitam de bodes expiatórios para desviar a atenção dos problemas reais.
Se houveram guerras, mortes, fome, corrupção; tudo isso é culpa do "comunismo" (ou do "socialismo"). Não importa que quem erga o dedo para falar isso mal saiba o que é "comunismo", nem tenha a honestidade de reconhecer que nunca abriu um único livro que fale deste tema pelo viés dos trabalhadores. Enquanto acusam o "comunismo", se recusam a ver as pessoas morrendo de fome nas ruas de todas as cidades do mundo, o desemprego, o subemprego, a miséria e a guerra, patrocinada por uma bilionária indústria bélica.
"Comunismo não funciona", segundo seus caluniadores, mas tem um plano perfeito pra dominar o mundo. Falam da "fome" e da ineficiência do "socialismo" e do "comunismo" (sistemas que nunca existiram sobre a face da Terra) para esconder como estão os povos do mundo sob o capitalismo: fartos, satisfeitos, prósperos, livres e em paz.
Quanto mais o capitalismo dá claras mostras de esgotamento, mais atacam virulentamente o "comunismo". Os seus caluniadores nos garantem que existem 2 coisas tão eternas e imutáveis quanto deus: o capitalismo e o egoísmo humano! Segundo eles, querer mudar a sociedade é ser louco (que também é sinônimo de ser "comunista"); ser sensato é defender a sociedade atual, com os seus políticos e suas relações sociais justas e edificantes.
Este esforço de difamação contra o "comunismo" é o seu trabalho em ação para puxar a roda da história para trás, com o altíssimo "nível do debate" e a um altíssimo custo de vidas. Tudo evolui do menos complexo para o mais complexo: telefonia, transportes, construções, tecnologia; só a sociedade que não? A quem serve sustentar esse tipo de pensamento?
De fato houveram crimes em nome do "comunismo". Não obstante, tudo o que chamam de "comunismo" nas mídias, nas universidades, nas escolas, nas igrejas, é o que os trabalhadores conscientes e os historiadores ao seu serviço chamam de "regime stalinista". Este talvez tenha sido o pior crime dos stalinistas: manchar o nome do "comunismo" e ajudar aqueles que hoje cometem crimes piores do que os seus. Quem fala hoje em "comunismo da União Soviética" nunca folheou uma única página de um único livro que examina honestamente este regime. E se o fez, foi com a pior das vontades e a mais preconceituosa das parcialidades.
Apesar desta demonização contra o "comunismo", dos avanços e dos retrocessos, a humanidade avança; cheia de defeitos, cheia de inseguranças, cheia de problemas. Tal como um náufrago, coloco esta mensagem de esperança e sinceridade numa garrafa e lanço-a ao mar do tempo, esperando que chegue ao futuro. Nela eu invoco tudo o que há de bom no ser humano para contrapor a tudo aquilo que os caluniadores do "comunismo" fazem, que é invocar tudo o que nós temos de mal para sustentar os privilégios, o preconceito e a ignorância daqueles que realmente tem medo do trabalho.
Este é o tijolo no muro e a vela no meio da escuridão com que pretendo ajudar os historiadores do futuro na sua difícil tarefa de escavar e desenterrar a verdade histórica das montanhas de mentiras, distorções, calúnias e difamações contra o "comunismo", lançadas pelos mercenários do atraso: a grande mídia, os intelectuais, os empresários, os sádicos medievalistas; em suma, todos aqueles que estão em cima da pirâmide social e que temem a morte perder seus pequenos e grandes privilégios em nome de um futuro para a humanidade.
Por Eduardo Cambará, ex-operador de call center e atual professor da rede pública.
Por Eduardo Cambará, ex-operador de call center e atual professor da rede pública.
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