sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Sobre a liberdade de imprensa e de expressão

Dizem repetidamente os meios de comunicação e a sociedade oficial burguesa que vivemos o ápice da liberdade de imprensa e de expressão. Não haveria sociedade mais democrática e livre do que esta. Os blogs, a internet, as redes sociais; tudo isso seria uma expressão desta "verdade". Porém, os grandes meios de comunicação (as televisões, os programas do horário nobre, os rádios, os portais de internet, os jornais de grande circulação e as grandes editoras) realizam uma censura silenciosa e imperceptível ao senso comum. A ditadura do mercado segue realizando a sua obra nefasta escondendo-se atrás da hipocrisia oficial e extra-oficial. Para a grande circulação destinam os livros "mais vendidos" de auto-ajuda, de pensamentos idealistas e pós-modernos, editados e reeditados com grande subsídios; para a marginalidade dos blogs, das redes sociais e para a crítica roedora dos ratos, destinam os livros críticos, as produções intelectuais independentes.

Eis abaixo um singelo exemplo (dentre vários):

"Nosso grupo de leitores avaliou o original de sua obra —Deuses e gigantes— e decidiu não publicá-lo pela Companhia das Letras.

Gostaríamos de lembrar que, conforme o procedimento da editora, os originais serão destruídos por uma empresa especializada, para segurança do autor. Quanto aos livros submetidos à reedição, esses serão doados a bibliotecas.

Agradecemos, de todo modo, a sua consulta.

Atenciosamente,
Departamento Editorial"

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