> A Europa está sentindo um pouquinho o gosto do próprio veneno: por séculos colonizou outros continentes e obrigava seus povos a praticarem uma economia contra si mesmos. Hoje, com a guerra na Ucrânia e por pressão dos EUA, aplica sanções econômicas contra si própria, arruinando a sua indústria e diversos setores econômicos internos. Resta saber quem fará os EUA provar do próprio veneno?
> A desdolarização, cantada em versos e prosas pelos analistas pró-BRICS, e que tem, sem dúvidas, elementos progressistas, está começando a ficar mais clara: o dólar estadunidense será gradativamente substituído pelo yuan como moeda preferencial nas transações comerciais internacionais (inclusive há a possibilidade real de mediar relações comerciais entre Brasil e Argentina — por isso a investida dos EUA e da burguesia argentina na candidatura do delinquente Milei, que repetirá Bolsonaro).
> O mais preocupante é que os analistas pró-BRICS não enxergam nenhum problema na troca do dólar pelo yuan, o que continuarão defendendo não se tratar de modo algum de um "novo imperialismo multipolar". A partir daí, serão invocadas as "bulas papais" de "estratégias de transição", "táticas pontuais", e um longo etc.
> Lula, coitado, na cúpula de Johanesburgo tentou defender uma "moeda comum para os BRICS", na vã tentativa de manter a independência dos gigantes do bloco. A resposta será dada pela realidade, marcada pela inevitável dinâmica econômica dos gigantes, em especial da força gravitacional da economia chinesa, que suga tudo a sua volta como um buraco negro (e sem necessidade de intervenção militar).
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