A cracolândia em São Paulo é uma expressão de como o país e o seu sistema econômico e político tratam o povo pobre.
A "grande novidade" do momento é que ao invés de expulsar violentamente a sua população de um lado para o outro, agora espalhou ela um pouquinho aqui e um pouquinho acolá. Ou seja, uma cracolândia dividida, mas que ainda existe plenamente, sem nenhuma política séria de inclusão.
O fato é que políticas públicas humanitárias não se fazem apenas com supostas boas abordagens, mas com investimentos em serviço social, na economia interna, de diversas outras formas de inclusão que o capitalismo brasileiro não prevê orçamento algum.
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A burguesia paulistana (sobretudo a que se esconde nas páginas do Estadão) ataca a política externa de investimento em países da América Latina tentando reavivar o espírito mais atrasado e odioso na população média brasileira, apelando para discursos de que se investir fora não terá recursos para investir no país. Um papo furado que se estende por décadas, cujo objetivo central é deixar o orçamento público refém dos interesses exclusivos do capital privado (sobretudo do empresariado paulista), e que não é combatido seriamente.
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