segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Omissões políticas e marketing eleitoral

Hoje os colunistas muito bem pagos da grande mídia (tipo Globo/RBS) falam sobre as eleições do dia 2 de outubro: uma escolha fácil, eles dizem.

Fácil é dizer isso agora! Quando a direita mais atrasada agitava suas bandeiras reacionárias – sobretudo seus dogmas neoliberais que enxugam o dinheiro do povo para o povo, visando mentir para incriminar e gerar paranoia em relação às ideias socialistas – todos estes meios de comunicação e seus colunistas não falavam nada, como apoiavam direta ou indiretamente todo esta fraude escancarada.
Lula e o PT não falam nada sobre isso nos debates, entrevistas e horários eleitorais. Deveriam afirmar em alto e bom som que a candidatura de Bolsonaro é ilegal, pois incita contra as instituições "republicanas", comprovadamente disseminam fake news e outras tantas ilegalidades que não apenas a grande mídia, mas o STF são vergonhosamente coniventes, apesar dos ininterruptos ataques de Bolsonaro a estes "guardiães da democracia".
Esta tolerância hipócrita com o jogo sujo do neofascismo é utilizada por ele, que conta com os limites do jogo democrático-burguês e sabe tirar partido desta "tolerância" como parte de sua estratégia. Sabe, também, que PT, STF, Rede Globo, dentre muitos outros, não vão além de denúncias pontuais contra o bolsonarismo, enquanto que este pega pesadíssimo em todas as oportunidades que pode.
Ao invés do desmascaramento sem piedade, feito na mesma moeda, vemos o marketing eleitoral petista (e de toda a sua frente ampla), por demais simplório e demagógico da "esperança e do amor" (e o pior que se trata da esperança de "esperar" mesmo, não a de "esperançar"). É esta omissão de enfrentamento real e decidido à hipocrisia do funcionamento do sistema que Lula, o PT e a sua frente ampla não fazem, enquanto que o neofascismo fica com o caminho livre, pois não encontra um combate a altura do seu ódio e da sua destruição. A verdade não pode abalar as aparências das pesquisas e da "estabilidade" do sistema.
Por parte da campanha de Lula há uma conivência tácita com a Rede Globo, o STF e cia., que muito mereciam ser desmascarados. É destas omissões e fidelidades aos marketings eleitorais – depois transformadas em evasivas de governo – que nascem os futuros golpes e os futuros "bolsonaros"...

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