segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

A Ucrânia como o atual front da disputa entre EUA X China e Rússia

Biden e Putin em teleconferência sobre a questão ucraniana

Foi com a “guerra da Síria”, em 2014, que a disputa pelo poder mundial entre os blocos liderados pelos EUA, por um lado, e China-Rússia, por outro, tornou-se mais evidente. A Ucrânia – região literalmente esmagada entre a Rússia e a Europa – representou desde sempre um dos principais palcos desta disputa[1].

         Agora ela volta aos noticiários do mundo com a manchete de uma “invasão russa”, porém, não falando nenhuma vírgula dos reais motivos desta tensão: a continuidade da luta pela hegemonia mundial entre os referidos blocos. O oferecimento de uma vaga na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) à Ucrânia por parte do governo norte-americano nada tem a ver com o interesse de cooperação, integração e defesa do povo ucraniano, mas de uma nítida provocação por parte dos EUA ao bloco liderado por China e Rússia, visando intensificar o tensionamento.

         O real objetivo por debaixo desta ação provocadora é criar dificuldades entre a relação econômica cada vez mais estreita entre Rússia, aliada preferencial da China, e a Europa – principal cliente da Gazprom, a gigante russa exportadora de gás natural. Como a venda de gás natural é a principal renda orçamentária do Estado russo, criar problemas diplomáticos com a Europa, ocasionando crises de abastecimento, de confiança e de preços, é o centro da estratégia ianque, sobretudo pressionando os países europeus a impor sanções econômicas ao governo de Putin, o que teria – dentre outras consequências – um efeito de encarecimento do gás russo (ou mesmo a supressão do fornecimento, a depender do êxito político-militar-diplomático-midiático ianque).

A Rússia é responsável por 43% do abastecimento de gás natural do continente europeu, sendo secundada pela Noruega, Oriente Médio e EUA[2]. Ela tornou-se a principal exportadora de gás para a Europa devido às grandes reservas naturais e os baixos custos de produção. Contudo, grande parte dos gasodutos russos passam pelo território ucraniano, o que explica a escolha do alvo norte-americano. É também, de certa forma, uma resposta ao movimento russo-chinês de 2020, que fechou um acordo na OPEP, visando manter os preços do barril de petróleo abaixo de 30 dólares. Esta ação capitaneada pela Rússia era uma resposta às sanções impostas ao país pelos EUA como fruto da guerra na Síria e na Ucrânia, em 2014 e, certeiramente, gerou uma profunda crise sobre as empresas petrolíferas estadunidenses, salvas, como sempre, com maciças injeções de dólares do Estado[3], o que gerou hiperinflação repassada para o restante dos países do mundo – em especial os semicoloniais, como o Brasil.

O pacote de sanções econômicas dos EUA contra a Rússia já está pronto, mesmo que nenhuma invasão militar da Ucrânia tenha acontecido até agora. Por outro lado, o governo russo denuncia as movimentações militares norte-americanas de cercamento ao território do país e exige a imediata retirada dos mísseis de longo alcance instalados em território ucraniano.


O confronto é contra o conjunto do bloco sino-russo e não apenas contra a Rússia

         As ações do governo dos EUA vão além da Rússia, ainda que ela seja neste momento o alvo principal. A Europa vem sendo disputada por projetos econômicos que não se resumem à questão do gás natural russo. A China, por exemplo, está patrocinando uma nova Rota da Seda que se estende dos rincões asiáticos até o norte da Itália e o centro da Europa Ocidental, incluindo o percurso pelo Oriente Médio e pela África. Até a Argentina declarou-se interessada em participar do ambicioso projeto econômico, ainda que esteja do outro lado do Atlântico[4].

         Este novo centro gravitacional econômico que ameaça sugar todo o seu entorno é o cerne das preocupações do imperialismo ianque, que pressente as suas consequências. As provocações norte-americanas na Ucrânia inserem-se na escalada de ataques econômicos, políticos, diplomáticos, midiáticos e militares para inviabilizar a construção destas pontes econômicas. A retirada das tropas militares do Afeganistão por Joe Biden no ano passado está dentro da lógica desta movimentação de peças no tabuleiro geopolítico mundial[5].

         Há uma característica interna no jogo político dos EUA: os republicanos centram seu fogo contra a China; os democratas contra a Rússia. No entanto, a finalidade é a mesma: dividir o bloco que está em franca ascensão econômica e representa a principal ameaça à hegemonia mundial dos EUA. Por isso, ambas retóricas internas de republicanos versus democratas, por mais divergentes que soem, na prática, se complementam (isso não quer dizer que o bloco sino-russo também não tire partido da divisão interna estadunidense). O principal objetivo da jogada dos EUA na Ucrânia, no entanto, é criar condições para impor sanções e prejudicar os negócios russos com os europeus que dependem da Gazprom. Ao enfraquecer a Rússia, atingem o conjunto do bloco sino-russo. A estratégia norte-americana quer também tensionar por uma nova redistribuição territorial da Europa, cujo modelo atual já não corresponde à correlação de forças do pós-Segunda Guerra Mundial.

         O governo ucraniano não respeita os “acordos de paz de Minsk” estabelecidos pelo próprio Conselho de Segurança da ONU e a OSCE[6] após a guerra no leste da Ucrânia, em 2014, pelo simples fato de que a pressão política estadunidense não o permite. O presidente fantoche da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, um verdadeiro títere norte-americano, faz jogo duplo. Ganha tempo em “acordos velados” com os russos, acena aos europeus, mas endurece a retórica apenas quando pressionado pelos EUA. No fim, a temida invasão russa não se confirma e vemos, até o momento, apenas uma caótica guerra de informações que tem como principal finalidade “abalar os mercados” – sobretudo o de petróleo e o de gás natural.

 

O papel nefasto da grande mídia Ocidental

         Parte fundamental da estratégia de dominação dos EUA está na desinformação através de propaganda, principalmente, pela grande mídia, vendida como “notícias imparciais”. Sejam as emissoras norte-americanas, sejam as suas sucursais neocoloniais, em especial na América Latina, vemos uma enxurrada de cinismo e manipulação sutil. Como sempre, todo o cenário internacional anterior é apagado e a crise ucraniana é colocada no centro de notícias sem contexto histórico.

         A disputa econômica é secundarizada ou mesmo escondida para por em evidência quase que exclusiva a “movimentação de tropas russas na fronteira ucraniana”. O núcleo da cobertura “jornalística” ocidental – em particular da brasileira – é o seguinte: “EUA dizem que Rússia pode invadir Ucrânia a qualquer momento, mas diplomacia segue possível”[7]. Isto é: tudo é apenas o resultado da ganância militar expansionista dos russos, mas as “democracias ocidentais”, lideradas pelos EUA e os países europeus, podem evitar a catástrofe da guerra sanguinária por vias diplomáticas.

         Neste tipo de cobertura, a provocação e a agressividade ianque são disfarçadas de pacifismo, dando-se destaque apenas aos interesses russos. Já os interesses estadunidenses são dissimulados ou totalmente escondidos. A elite brasileira e a sua grande mídia se colocam a sombra do poder ianque porque compactuam com o seu projeto de dominação, sendo sua sócia ultraminoritária.

         Alguns de seus setores voltados para a intelectualidade de classe média, como a CNN-Brasil, fazem uma análise um pouco mais refinada, embora não menos sutil e perniciosa. O mórbido Willian Wack, soldado midiático do império estadunidense de longa data, anuncia em tom solene: “China e Rússia fizeram questão de demonstrar ao mundo que o predomínio de uma só megapotência, os EUA, acabou. Os líderes de Moscou e de Pequim se reuniram na capital da China para dizer que Vladmir Putin tem razão, mas tem razão no quê? Na essência, em contestar a ordem mundial estabelecida até aqui pelos [norte] americanos. A ordem internacional que se estabelece agora deixou de ser unipolar, mas ficou bem mais perigosa”[8].

         Em síntese, Wack e a CNN apontam – sem o dizer honestamente – que a Rússia deveria submeter-se aos EUA na questão da Ucrânia, aceitando a OTAN e os mísseis nas suas fronteiras, bem como aceitar os seus projetos econômicos para a Europa e o mundo, dado que a ordem mundial unipolar ianque era mais “segura” – e até onde podemos concluir, supostamente “menos belicista” do que a ordem multipolar que pretendem impor China e Rússia.

         É este o jornalismo “imparcial” que a grande mídia brasileira tem professado.

 

China e Rússia são antiimperialistas?

         Setores da “esquerda” vendem o confronto de China e Rússia com os EUA como uma luta antiimperialista. Trata-se, na verdade, de uma luta pela hegemonia mundial, como bem disse o office boy norte-americano, Willian Wack, entre uma ordem unipolar e uma ordem multipolar, ainda que a preponderância desta ordem fique centrada especialmente na China.

         A China inevitavelmente torna-se o centro, dado o seu peso econômico, político e social. Ao contrário do que apontam seus defensores mais acríticos – como os “losurdistas”, Elias Jabbour e Jones Manoel, dentre outros –, cumpre o papel de um “imperialismo silencioso”, tipicamente chinês, dado que não cumpre os pré-requisitos militares apontados no “check-list” de Lenin. Ora, mas o imperialismo capitalista se dá, sobretudo, através de mecanismos econômicos. Mesmo que a China não faça imposições draconianas aos países que “ajuda” – tal como fazem o FMI e o Banco Mundial –, nem desencadeie guerras e invasões militares (ainda que já tenha invadido países no passado), isso não significa que não exerça uma forma de dominação, sutil e silenciosa, bem aos moldes chineses.

         O mesmo não se passa com a Rússia, que historicamente exerce uma pressão política e militar sobre as regiões do seu entorno, inclusive com anexações territoriais. Apesar da unidade com a China e o discurso multipolar –conveniente neste momento –, a Rússia luta pelos seus interesses exclusivamente nacionais, que, para se realizar, necessitam consolidar o bloco com o governo chinês. Não se pode conquistar a independência nacional no capitalismo sem expandir a influência econômica e política, o que leva necessariamente ao surgimento de um novo imperialismo. A elite russa atual é formada por uma máfia burguesa, imbuída do velho espírito de dominação czarista e da burocracia stalinista, só que agora revestido com discursos “mais modernos”.

         O “mundo multipolar” proposto por China e Rússia é, portanto, composto por mais centros, mas mantendo periferias. Como ele se baseia na manutenção das relações capitalistas e, sobretudo, pelos negócios, tal como o mercado mundial contemporâneo os compreende, não pode deixar de desenvolver características imperialistas, ainda que brandas, ocultas, disfarçadas com discursos de acolhimento. A situação de disputa pela hegemonia no mundo com os EUA e o próprio desenvolvimento econômico nacional autônomo colocam, inevitavelmente, certas práticas que desembocam, quer queiramos ou não, em “constrangimentos” imperialistas sobre países vizinhos e semicoloniais – como é o caso da Ucrânia.

         O debate da “esquerda” brasileira ainda está restrito a concepções tacanhas e obtusas: desde o apoio desavergonhado ao imperialismo estadunidense (como foi o caso de LIT-PSTU, UIT-CST-MES-Psol e MRT-Esquerda Diário) quando da malfada “revolução colorida” que derrubou o antigo governo ucraniano e abriu o caminho para o atual governo títere de Zelensky – ainda que no episódio atual, como não houve envolvimento “de massas” em novas “revoluções coloridas”, tenham ficado mais “neutros”[9]; até os que são entusiastas da ascensão chinesa e russa (tipo Pepe Escobar, mídia 247, dentre outros), professando a derrota do imperialismo norte-americano pelo bloco sino-russo – como se isso levasse a uma política de independência de classe e a real derrota do imperialismo capitalista; passando por aqueles setores da “esquerda” minoritária, composto por pequenos núcleos militantes, que fecham os olhos e, como os avestruzes, enfiam a cabeça na terra, se negando a interpretar a realidade internacional para tentar traçar uma política com independência de classe.

         O imediatismo economicista tem levado a “esquerda” a aceitar uma política ou outra, traçada geralmente pelos dois grandes blocos burgueses em disputa. Sabemos que a construção de um novo caminho com independência de classe é ainda ultra minoritário, tortuoso e difícil, mas o primeiro passo para a sua delimitação é não disseminar ilusões nas análises políticas e teóricas, procurando dar a devida dimensão do desafio histórico.

 

Referências


[1] Ver: https://lutamarxistablog.blogspot.com/2014/03/ucrania-palco-da-disputa-imperialista.html e https://lutamarxistablog.blogspot.com/2015/10/esquenta-nova-guerra-fria.html

[2] Ver: https://www.dw.com/pt-br/por-que-a-ue-precisa-da-gigante-russa-de-energia-gazprom/a-60691185#:~:text=A%20Alemanha%2C%20o%20maior%20consumidor,de%20seu%20g%C3%A1s%20da%20R%C3%BAssia. e: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/entenda-como-gasoduto-russo-de-us-11-bilhoes-dividiu-a-otan-e-ue-em-momento-de-crise/#:~:text=No%20momento%2C%20a%20R%C3%BAssia%20precisa,atrav%C3%A9s%20do%20territ%C3%B3rio%20da%20Ucr%C3%A2nia.

[3] Ver: https://conscienciaproletaria.blogspot.com/2020/03/coronavirus-crise-capitalista-e-o.html

[4] Ver: https://www.comciencia.br/a-nova-rota-da-seda-na-pandemia/ e também: https://www.brasildefato.com.br/2022/02/07/argentina-entra-para-a-nova-rota-da-seda-e-espera-us-23-7-bilhoes-em-investimentos-chineses

[5] Ver: https://conscienciaproletaria.blogspot.com/2021/08/houve-vitoria-anti-imperialista-no.html

[6] Ver: https://news.un.org/pt/audio/2015/06/1137541 ; https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Minsk ; e, por fim: https://www.youtube.com/watch?v=sHPU4-U1emU&feature=youtu.be&ab_channel=TV247

[7] Ver: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/02/06/eua-dizem-que-russia-pode-invadir-ucrania-a-qualquer-momento-mas-diplomacia-segue-possivel.ghtml

[8] https://www.youtube.com/watch?v=bgdYirTul5I&ab_channel=CNNBrasil

[9] Ver: https://lutamarxistablog.blogspot.com/2014/03/ucrania-palco-da-disputa-imperialista.html e https://conscienciaproletaria.blogspot.com/2019/08/os-protestos-de-hong-kong-defendem.html

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

As forças destrutivas do capitalismo

A "nova" crise aberta entre EUA e Rússia na disputa pelo controle da Ucrânia demonstra a necessidade de uma reflexão acerca do poderio militar do imperialismo. Sabemos que a Rússia não fica muito atrás no quesito militar, porém, a economia mundial ainda gira em torno dos EUA — o que demonstra a sua responsabilidade, a despeito da rápida ascensão mundial da China, secundada pela Rússia.

Vejamos dois apontamentos muito importantes acerca dos "investimentos" militares nos EUA: "Em novembro de 1978, quando os EUA e a URSS estavam completando sua segunda rodada de conversações sobre os Tratados de Limitação de Armas Estratégicas, o Pentágono lançou seu mais ambicioso programa de produção de armas nucleares em 2 décadas: um orçamento quinquenal de defesa de 1 trilhão de dólares. Desde então, as fábricas norte-americanas de bombas vêm funcionando a plena capacidade. Na Pantex, a fábrica do Texas onde são montadas todas as armas nucleares dos EUA, foram contratados operários extras para perfazer um segundo e um terceiro turnos diários adicionais a fim de aumentar a produção de armas cujo poder destrutivo é alarmante" (Fritjof Capra, O ponto de mutação; Editora Cultrix, página 19).

Tais reflexões desoladoras são complementadas por Carl Sagan: "As pesquisas de opinião demonstram que muitos norte-americanos pensam que o orçamento da NASA é mais ou menos igual ao orçamento da defesa. Na realidade, todo o orçamento da NASA, inclusive as missões humanas e robóticas e a aeronáutica, equivale a cerca de 5% do orçamento de defesa dos EUA. Em quanto os gastos com a defesa atualmente enfraquecem o país? E mesmo que a NASA fosse totalmente desativada, o dinheiro liberado seria capaz de resolver nossos problemas nacionais?" (Carl Sagan, Pálido ponto azul, Cia. das letras, página 202).

Em síntese, o mundo capitalista trabalha para enriquecer e sustentar a economia estadunidense; e a economia estadunidense trabalha pelo espírito bélico e destrutivo permanente como estratégia de dominação mundial, para fazer a máquina girar. O caso das provocações e agressões recorrentes no leste europeu e no Oriente Médio não deixam margem a dúvidas. Desta forma, não é difícil compreender como a psique humana fica propensa a aceitar e incentivar a autodestruição em diferentes níveis e formas, inclusive de forma inconsciente... Os donos do mundo são como deuses da guerra sedentos de sacrifícios humanos no altar insaciável do lucro privado! 

Mesmo com todo o alarde provocado pelo discurso midiático centrado nas consequências da pandemia de covid-19, pouquíssimas pessoas apontam que os países imperialistas — tendo os EUA como carro chefe — atingem as maiores cifras de gastos militares, equiparando-se aos orçamentos dos anos da 2ª Guerra Mundial, da Guerra das Coréias e da Guerra do Vietnã*. Em 2021, após alguns anos de redução de verbas, o governo "democrata" de Joe Biden destinou ao orçamento militar a espantosa marca de 777 bilhões de dólares**, enquanto o país chafurda na crise econômica, repleto de problemas sociais. No capitalismo, tais "investimentos" não são feitos sem a espera de um retorno. Disto depende o funcionamento da "máquina econômica, política e social" do capitalismo na sua atual fase de desenvolvimento histórico. Isso inclui, evidentemente, tecnologia de espionagem e de "guerra híbrida": guerra de informações, de manipulações midiáticas e psicológicas  características da nossa época , até uma eventual "guerra quente", se necessária e inevitável.

As escaladas de provocação e a busca por guerras, visando o retorno dos gastos militares, além da reconstrução do que foi destruído e a consequente luta desesperada pela manutenção da hegemonia geopolítica, são, como foi dito, as principais formas de fazer a máquina capitalista sobreviver atualmente. Em essência, é a fórmula que o capitalismo estadunidense encontrou para se manter como "primeira potência" desde meados do século XX. O povo sírio, líbio e ucraniano, neste início de século XXI, que o digam! Ainda que a desculpa para o aumento dos gastos militares seja a "ameaça chinesa", esses povos pagaram e pagam o pato da sanha militar imperialista, que ao que tudo indica, não vai sossegar até que a sua hegemonia mundial seja reconstruída ou que a sua máquina bélica seja definitivamente superada e destruída.




Referências_____________