terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O pior cego é a "esquerda" que não quer ver...

Dilma nomeou Joaquim Levy - banqueiro do Bradesco - para o Ministério da Fazenda (sem falar nos outros). É a mesma coisa que nomear a raposa como ministra do galinheiro! A medida - não é preciso dizer - foi aplaudida com grande entusiasmo pelo PSDB e pela Veja, que o vendeu como o homem com a missão de "recuperar a economia brasileira". Este velho eufemismo burguês significa apenas que ele vai fazer todos os cortes nos gastos sociais possíveis e impossíveis, além de aplicar os planos de austeridades previstos pelos bancos internacionais, às custas do suor e do sofrimento do povo.

Então, a lição do voto "crítico" ou "convicto" em Dilma para "evitar a volta da direita" significa apenas isto: pro povo só demagogia através do Bolsa Família (amplamente apoiada pela vanguarda de "esquerda" como a grande justificativa de que Dilma e o PT mereciam o voto dos trabalhadores) e apenas declarações de caráter "progressivo" (sem nunca questionar o "bolsa banqueiro"); para os empresários todos os ministérios, o dinheiro público, as taxas de juros, o valor das dívidas públicas, as estatais, etc.

Passadas as eleições, o bonito slogan de "Mais mudança; mais futuro", torna-se "Nenhuma mudança; futuro sombrio de cortes e demissões". O único voto classista foi o voto nulo, que não tem responsabilidade alguma sobre essa catástrofe. Para além do voto e das ilusões eleitorais, agora é preciso organizar a luta contra o que está por vir.

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