terça-feira, 29 de julho de 2014

O genocídio na Faixa de Gaza desperta o nazismo enrustido

Genocídio em Gaza

A grande mídia manipula a opinião pública para esconder o genocídio palestino perpetrado por Israel, desviando a atenção para o "terrorismo" do Hamas ("partido" eleito "democraticamente" pelos palestinos). Existem muitas diferenças programáticas e táticas entre o movimento dos trabalhadores e o Hamas, mas quem somos nós para não ver que estes "mísseis" lançados contra Israel representam uma ação de desespero e ódio frente aos 60 anos de bombardeios, apartheid, embargos, violações de direitos humanos, assassinatos, estupros, torturas, diversos tipos de opressões e injustiças infinitas cometidas por Israel contra o povo palestino, na tentativa da usurpação total e completa do seu território.


O jornalismo "imparcial" da grande mídia vende este genocídio como se fosse uma "guerra" (ou ainda: uma "guerra religiosa" entre o judaísmo e o islamismo). A religião é apenas uma desculpa e um meio para aumentar a confusão, visando intensificar a cortina de fumaça que esconde o genocídio e os reais interesses econômicos envolvidos. Trata-se de uma disputa geopolítica - pois a Palestina fica em uma região estratégica -, e de tomada de territórios, que contém grandes fontes de matéria prima ou estão próximos delas. Os principais empreendedores do Estado militar de Israel são o imperialismo americano e inglês, e, secundariamente, os países europeus e árabes, que o financiam diretamente ou são seus cúmplices.

Meninos palestinos convivem com a opressão diária da ocupação militar israelense da Faixa de Gaza

Nem sempre o Hamas foi a liderança do povo palestino. Houveram outras - como a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat -, que por sua conciliação, baseada em um pacifismo sem paz, afundaram o povo palestino no seu próprio sangue, uma vez que Israel nunca cessou seus ataques, seja por terra, seja por ar, sejam psicológicos. A eleição do Hamas como representante oficial do povo palestino representou um rechaço à conciliação da OLP - que não levou a lugar algum, a não ser ao aumento da opressão -, ao mesmo tempo em que demonstrava uma extrema falta de alternativa classista.

As ações militares do Hamas expressam o desespero de um povo que vive sob uma ditadura sanguinária, sustentada pelo imperialismo, há mais de 50 anos. Frente ao TERRORISMO DE ESTADO por parte de Israel, a atitude do Hamas só pode ser entendida como uma tentativa de libertação (equivocada neste momento de correlação de forças desfavoráveis, mas inegavelmente uma tentativa de libertação). Não existe a possibilidade de coexistirem 2 Estados, como querem os conciliadores de todos os matizes. Este "conflito" não acaba em razão da atitude belicosa, imperialista e expansionista do Estado de Israel, que se repete há mais de 50 anos (e não apenas contra os palestinos). Ele só acabará como fim do Estado de Israel, que precisa ser destruído com a ajuda de todo o proletariado internacional (é preciso escrever esta bandeira no programa da Internacional proletária), formando um estado único, laico, controlado pelos trabalhadores palestinos e judeus.

Todo aquele que reproduz o discurso da mídia de "guerra" ou "terrorismo do Hamas" está sendo conivente com o nazi-fascismo, que vive hoje sob a perspectiva israelense graças ao apoio ativo dos países imperialistas e inconsciente da maior parte da população, fruto da manipulação midiática. Esta reflexão é um advertência para que aqueles que hoje apoiam Israel possam romper com esta visão que apenas justifica o genocídio, criminaliza os que querem se libertar, vitimiza os genocidas e prolonga o sofrimento de diversos povos, dando-lhes a oportunidade de se colocarem na trincheira correta. Para aqueles que, mesmo assim, continuam justificando a carnificina israelense para conter os "terroristas" , não se escondam atrás de frases de paz, de amor, de humanismo: assumam abertamente a bandeira do nazismo, pois ela traduz o que realmente pensam e defendem para a Faixa de Gaza!

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