A classe dominante sempre foi perversa: tratou inocentes e "pessoas comuns" como simples estatísticas a favor ou contra os seus interesses.
Durante a Idade Média, reis mandavam arqueiros dispararem flechas sobre infantarias em batalha, mesmo que isso atingisse suas próprias tropas, afinal de contas, sempre existem reservistas.
Os EUA bombardearam Hiroshima e Nagasaki com 2 bombas atômicas para mandar um recado para a União Soviética, pouco se lixando que ali vivessem centenas de milhares de civis.
No meio da atual "guerra da Ucrânia" houveram massacres que são imputado aos adversários, como o de Bucha. Quem fala a verdade? Difícil saber, dado que as fake news fazem parte das guerras desde sempre.
O fato é: 400 civis foram massacrados por algum dos lados (ou pelos dois?). Quem coloca a mão no fogo por alguns dos lados, a despeito da grande mídia Ocidental insinuar que se trata de uma ação russa? A insistência da manutenção da guerra por parte dos EUA, bem como o seu financiamento de milhões de dólares e de armas de última geração, são menos graves que os ataques de Putin? Ou isso seria uma ação "democrática"?
Quem vencerá a "guerra da Ucrânia"? Difícil responder, mas já dá pra apontar algumas tendências que se impõe na economia, a despeito da vida de milhares de ucranianos que foram tratadas como garrafas descartáveis: o fato é que um objetivo da OTAN-EUA já foi atingido: a destruição da hegemonia russa sobre o mercado de gás natural europeu (incluindo a inviabilização momentânea do gasoduto NordStream II), "casualmente" substituído pelo gás liquefeito exportado pelos EUA.
A qual custo o EUA conquistou esta "liderança empreendedora" sobre o mercado de gás natural europeu? Ora, através da "guerra" e da disparada da inflação não só na Europa, mas no mundo todo. Quem paga a conta? O povo pobre, seja na Ucrânia, na Rússia, nos países europeus, no Brasil ou na América Latina.
No Brasil, em particular, a política de preços da Petrobrás praticada pelo governo Bolsonaro e do seu "Chicago Boy", Paulo Guedes, é manter a equiparação entre os preços nacionais e internacionais. Qual o resultado? A incorporação dos preços inflacionados internacionais do gás e dos combustíveis internacionais por um povo que não tem nada a ver com o conflito militar e, portanto, com os interesses do imperialismo estadunidense.
Em síntese: o povo trabalhador paga os custos da insistência do imperialismo ianque em manter a guerra para solapar a influência russa do mercado energético europeu; uns com um empobrecimento violento, outros com a vida...
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